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Mais de 1,5 milhão de brasileiros não compareceram para receber a segunda dose da vacina contra COVID -19. Este inconveniente pode truncar a tão esperada imunidade coletiva para este país, que lidera a campanha de vacinação com mais de 27 milhões de imunizados. O absenteísmo de adultos preocupa as autoridades, que as instam a completar o esquema de proteção.
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se preocupou com a situação e destacou que São Paulo é o estado que mais registra esse fenômeno, com mais de 343 mil atrasos. Em seguida vem a Bahia, com 148 mil, e o Rio de Janeiro, com 143 mil casos.
Para cumprir a meta, o Ministro da Saúde terá o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Para evitar que mais pessoas fiquem sem a segunda dose, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Francieli Fantinato, pediu a todos os que tomaram a primeira que esperassem o tempo mínimo necessário para voltar ao posto de vacinação mais próximo.e complete a vacinação com a segunda dose
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Wait
O tempo de espera para a segunda dose varia de acordo com a vacina aplicada. No caso do CoronaVac, (da Sinovac e do Instituto Butantan), o tempo entre a primeira e a segunda dose é de 14 a 28 dias. Para a vacina AZD1222 (da AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz) o período de espera é de três meses. Por enquanto, a única exceção é a vacina Johnson & Johnson, que oferece uma boa resposta com uma única dose.
A maioria das vacinas COVID-19 testadas e aprovadas requer duas doses para fornecer um nível de proteção. Esses esquemas de vacinas foram definidos em testes clínicos envolvendo milhares de voluntários. Portanto, se alguém tomar apenas a primeira dose de CoronaVac ou AZD1222 e perder a segunda, não estará adequadamente protegido
" Os dados que temos mostram que a pessoa está protegida com duas doses. Se você tomar apenas um, você não completou o plano e não está devidamente vacinado ", explicou a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, Isabella Ballalai.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e Agência Nacional Órgãos de Vigilância Sanitária, urgem em aplicar ambas as doses, embora reconheçam que a primeira dá um pouco de proteção, é insuficiente e está fora dos parâmetros estabelecidos por especialistas e instituições. A imunidade não se desenvolve com apenas uma dose
Avisos
As autoridades sanitárias ainda não sabem o que farão com quem não completou o plano de vacinação. "Se o período máximo de recebimento da segunda dose for ultrapassado, pode ser necessário reiniciar o esquema de vacinação, uma vez que todos os dados de eficácia de que dispomos são baseados em um protocolo. Se não seguirmos, não podemos garantir imunização ", declarou a professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Cristina Bonorino.
Em um cenário de escassez de vacinas no mundo, a deserção pode comprometer ainda mais a existência e deixa muitas pessoas sem imunização.
Bonorino, que também é membro da Sociedade Brasileira de Imunologia, acredita que o governo deve investir em campanhas de comunicação para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de completar a vacinação.
O Ministério da Saúde do Brasil indicou que a data um total de 27 milhões de pessoas já foram vacinadas contra COVID-19, o que representa 12% da população.
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